Se não conseguirmos lançar confortavelmente, ou com boa perícia e pontaria, provavelmente não estamos a usar a cana certa. A cana certa proporciona melhores condições para ferrarmos um peixe, melhores lançamentos, mais conforto no acto do lançamento, etc. A cana certa torna-nos melhores pescadores!
Antes de continuar referir que esta é a minha opinião sobre a escolha de canas. Há quem utilize de maneira diferente e tenha excelentes resultados. Portanto considerem isto apenas uma partilha do que eu procuro nas minhas canas.
A sensibilidade é um dos factores mais importantes ao escolher uma cana. A sensibilidade diz-nos com o tempo o que está a acontecer dentro e fora de água. Diz-nos o tipo de fundo. Diz-nos se o puxão foi um peixe ou não. Mas isto sempre com o tempo e experiência, com a ajuda duma boa cana. As canas de grafite são as mais sensíveis mas actualmente as de fibra já são tão sensíveis como as de grafite. A acção da cana pode ditar o conseguirmos concretizar uma captura ou deixá-la escapar.
Texas e Jigs:
Esta técnica é bastante versátil, pois pode ser utilizada em zonas carregadas de vegetação ou em terrenos abertos. É uma técnica em que se usa sistema anti-erva. Estas referências são gerais pois se pensarmos bem: Texas em vegetação densa precisamos duma cana que ferre bem o peixe e o retire rapidamente de dentro da vegetação, não o deixando nadar muito, entrelaçando-se nas ervas e ramos, o que temos uma cana que não lançará longe (ponteira super rápida XF). Se pescarmos em zonas abertas ou em paredes, em que nos interesse lançamentos mais longos a ponteira deverá ser moderada (M). Para juntarmos isto tudo o ideal é uma cana MH com ponteira F.
Melhor cana: Cana de 7 pés com um blank robusto com ponteira rápida (F) e acção média pesada (MH).
Buzzbaits e spinnerbaits:
Com estas amostras vamos lançar muitas vezes e continuadamente, portanto uma cana leve é importante. Sensibilidade também será importante pois os peixes muitas vezes irão contra as lâminas antes do ataque principal. Uma cana de 6 pés (1.80mts) poderá proporcionar lançamentos mais certeiros. Mas uma cana maior de 7 pés (2.10 mts) dá mais poder para ferrar o peixe, força e distância de lançamento. Uma cana de fibra dá mais tempo ao peixe para engolir a amostra antes de o ferrarmos. Estas amostras vêm sem anzol atrelado normalmente e como a maioria dos pescadores não o coloca (erradamente dependendo das situações) uma cana de acção média põe mais pressão no peixe ajudando a colocá-lo fora de água nas mãos do pescador. A ponteira deverá ser flexível suficiente para lançar a amostra com precisão.
Melhor cana: Cana leva. sensível, 6 1/2 pés até 7 pés com uma acção média pesada (MH) e uma ponteira moderada (M)
Crankbaits e amostras de superfície:
Tal como os buzzers e spinner, estas técnicas requerem lançamentos contínuos, portanto o peso da cana é um factor importante. A sensibilidade também é importante mas mais nos cranks que na superfície. Depois de habituados às amostras utilizadas, uma cana sensível ajuda a definir que tipo de estrutura o crank tem contacto, ajudando a definir se os peixes estão em terrenos duros, macios, árvores, etc.
Uma cana de 7 pés é sempre melhor para maior distância de lançamento e maiores amostras. Uma cana de 6 pés ou 6 1/2 pés é mais certeira, portanto tempos de ajustar a nossa escolha em relação às amostras que usamos mais. A cana para estas técnicas convém serem em fibra para dar mais tempo ao peixe para engolir a amostra antes de efetuarmos a ferragem (normalmente a ferragem é apenas darmos um pequeno puxão na direção contrária à agua). Tanto nos cranks como nas amostras de superfície os anzóis nunca entram em força no peixe portanto se aplicarmos demasiada pressão na ferragem podemos retirar o anzol da boca do peixe.
Uma cana de acção média (M) normalmente chega mas tem de ter um bom blank para fazer boa ferragem e flexibilidade suficiente para fazer bons lançamentos.
Melhor cana: Cana leva, sensível, 6 1/2 pés até 7 pés com uma acção média (M) e uma ponteira Moderada (M) ou Moderada/Leve (ML)
Boas pescas,
JBN