quarta-feira, 22 de junho de 2016

2ª Prova do Circuito NORBASS

No passado dia 18 de Junho desloquei-me até à Barragem de Sta. Justa para disputar a 2ª prova do circuito NORBASS.

Desde dia 1 de Junho que a barragem estava aberta para a pesca e visto que é um local onde os achigãs desovam cedo e dentro do período de defeso geral, os 15 dias "a mais" de proteção nesta barragem são de interesse pois proporciona uma defesa extra. Consegui ir pescar no dia da abertura e foi um enorme sucesso. Juntei-me a uns amigos e lá fomos nós tirar muito e bom peixe. Entretanto soube de mais pescadores que se deslocaram lá para pescar e que também tinham feito boas capturas e com peixe de bom porte. Também percebi que muitas das capturas feitas tinham sido muito provávelmente de machos que estariam na zona dos alevins a guardá-los, o que me fez pensar que no dia da prova já não haveria esse cenário.
Palestra dada por André Ramos e toda a plateia atenta
Andei bastante confuso em relação a dia 18 pois não saberia como ia encontrar os peixes, se fundos, meia-água ou superfície. Então depois de muito ponderar decidi três coisas. A primeira seria procurar os locais menos "batidos" pelos pescadores, ou seja, que estariam menos pressionados. Segundo teria de apostar na superfície até às 9 da manhã pois as temperaturas até essa hora estariam boas. Terceiro tinha decidido procurar zonas de ervas com árvores pois dariam bom refúgio e seria sinal de profundidade perto.

Dia 18 lá chegou e mal é dado o sinal de partida arranquei para o local que melhor entrava na minha estratégia. Como tinha um vento inconstante montei duas canas à superfície, uma com passeante e outra com buzzbait. Sempre que batia o vento lançava o buzz, quando acalmava punha o passeante. Ao terceiro lançamento do dia tive um super ataque a buzzbait que certamente me iria dar muitas gramas para a prova, mas que infelizmente não ferrou o anzol! Continuei a seguir o meu instinto mas até às 8.45 não produziu mais nenhum ataque.
Os meus 3 peixes
Mudei para texas com lagostim e aí começou o festival. Primeiro saiu logo um peixe a pontuar com 490 gramas. De seguida tiro 4 peixes com 28cm,27cm,29cm,28cm... comecei a ficar um pouco preocupado a pensar que não teria mais nenhum peixe com medida. Fiz um lançamento para o lado de fora dumas ervas e trabalhei o texas até às raízes... nos dois primeiros lançamentos perdi um texas mas ao terceiro lançamento tirei um pontuável de 680 gramas. O terceiro peixe teve a sua piada devo admitir... Olho para a massa de água principal e vejo o vento a aumentar de força, pego na cana de spinnerbait e começo a correr para lá (uns 10 metros não mais) e faço 1 lançamento... nada! Segundo lançamento um achigã de 740 gramas! De seguida e até ao final da prova tive uns pequenos toques mas que não resultaram em nenhum peixe.
O grande vencedor André Ramos
Sobre a prova em si, fiquei bastante satisfeito com a minha prestação mas sei que me faltou aquele peixe maior para fazer a diferença. Acho que fiz as coisas bem, mas sei que podia ter mudado num ponto ou noutro e por isso estou ansioso para a próxima prova para poder melhorar o meu jogo e continuar na luta pela vitória. O grande vencedor com duas capturas de 1.550kg e 1.010kg foi o André Ramos. Sinceramente espero que volte pois é um prazer trocar ideias com ele sobre pesca ao achigã.
Um dos peixes do grande vencedor André Ramos
O almoço como sempre correu do melhor e ainda pude ouvir o André Ramos, que é um craque na pesca ao achigã, a ensinar e a chamar a atenção sobre os bass.
Classificação do circuito
Espero que tenham gostado.

Cumprimentos,
JBN

quinta-feira, 16 de junho de 2016

1ª Prova do circuito Norbass - A minha abordagem!

Decidi fazer este pequeno texto para tentar partilhar um pouco como pensei antes da prova e que até acabou por resultar no dia.

Antes da prova houve bastante bom tempo, com temperaturas agradáveis para que os peixes saíssem dos seus locais de Inverno para se alimentarem e prepararem-se para a respetiva desova. Havia um sentimento geral de que a prova iria correr muito bem pois já se tinham concretizado algumas semanas antes do dia da prova umas boas capturas.
Na semana anterior à prova o tempo mudou muito o que provocou um afastamento claro do peixe dos baixios e dos seus hábitos alimentares. Com uma frente fria como a que se passou, era claro que o peixe ia mudar de localização e o pescador teria de se adaptar.

Tendo em conta estas situações e visto que no dia da prova estava frio, chuva e até vento, decidi pensar um pouco na minha abordagem à massa de água.
Era claro que o peixe ia mudar de localização mas como assim? Li alguns artigos, pesquisei um pouco e cheguei à conclusão que se queria tirar algum peixe teria de procurar "paredes" de preferência afastadas uns 100 metros dos locais normais de alimentação. É certo que uma barragem daquelas dimensões terá muito peixe a "pensar" e a "agir" de maneira diferente uns dos outros mas foi assim que analisei a situação.

Ponto de reunião no paredão e quando é dado o sinal de partida vejo claramente a maioria dos pescadores a irem para a ribeira do lado direito. Independentemente disto, já tinha pensado que a da esquerda tem mais fundo e mais rocha o que me agradava mais para o que tinha pensado.

Lá fui eu mais uns quantos para a dita ribeira grande e enquanto todos andaram quase até ao fundo eu lá parei no que achava estar nos 100 metros atrás do que seria normal. Coloquei um crank da Rapala que tinha comprado na Pesca&Companhia côr de lagostim e lá comecei os meus lançamentos o mais paralelos à margem possível. Lançamentos longos, recolhas muito lentas, e quando digo lentas, é mesmo muito lentas acreditem! Consegui passado pouco tempo capturar um belo bass de 1.250gramas e enquanto o fiscal não chegou ainda perdi outro que vinha mal ferrado, com a fatecha de trás no limite da boca e que acabou por desferrar.
A escolha da côr também me pareceu lógica, pois se o peixe está lento a comer, qual a sua fonte de alimento mais nutritiva e lenta que existe numa barragem? Lagostim...

Pronto, decidi partilhar o que pensei antes da primeira prova da Norbass e que, com influência ou não, deu-me a possibilidade de ferrar dois peixes o que não aconteceu com mais ninguém.

Boas pescas.