Decidi fazer este pequeno texto para tentar partilhar um pouco como pensei antes da prova e que até acabou por resultar no dia.
Antes da prova houve bastante bom tempo, com temperaturas agradáveis para que os peixes saíssem dos seus locais de Inverno para se alimentarem e prepararem-se para a respetiva desova. Havia um sentimento geral de que a prova iria correr muito bem pois já se tinham concretizado algumas semanas antes do dia da prova umas boas capturas.
Na semana anterior à prova o tempo mudou muito o que provocou um afastamento claro do peixe dos baixios e dos seus hábitos alimentares. Com uma frente fria como a que se passou, era claro que o peixe ia mudar de localização e o pescador teria de se adaptar.
Tendo em conta estas situações e visto que no dia da prova estava frio, chuva e até vento, decidi pensar um pouco na minha abordagem à massa de água.
Era claro que o peixe ia mudar de localização mas como assim? Li alguns artigos, pesquisei um pouco e cheguei à conclusão que se queria tirar algum peixe teria de procurar "paredes" de preferência afastadas uns 100 metros dos locais normais de alimentação. É certo que uma barragem daquelas dimensões terá muito peixe a "pensar" e a "agir" de maneira diferente uns dos outros mas foi assim que analisei a situação.
Ponto de reunião no paredão e quando é dado o sinal de partida vejo claramente a maioria dos pescadores a irem para a ribeira do lado direito. Independentemente disto, já tinha pensado que a da esquerda tem mais fundo e mais rocha o que me agradava mais para o que tinha pensado.
Lá fui eu mais uns quantos para a dita ribeira grande e enquanto todos andaram quase até ao fundo eu lá parei no que achava estar nos 100 metros atrás do que seria normal. Coloquei um crank da Rapala que tinha comprado na
Pesca&Companhia côr de lagostim e lá comecei os meus lançamentos o mais paralelos à margem possível. Lançamentos longos, recolhas muito lentas, e quando digo lentas, é mesmo muito lentas acreditem! Consegui passado pouco tempo capturar um belo bass de 1.250gramas e enquanto o fiscal não chegou ainda perdi outro que vinha mal ferrado, com a fatecha de trás no limite da boca e que acabou por desferrar.
A escolha da côr também me pareceu lógica, pois se o peixe está lento a comer, qual a sua fonte de alimento mais nutritiva e lenta que existe numa barragem? Lagostim...
Pronto, decidi partilhar o que pensei antes da primeira prova da Norbass e que, com influência ou não, deu-me a possibilidade de ferrar dois peixes o que não aconteceu com mais ninguém.
Boas pescas.